Mohammad Shtayyeh, o primeiro-ministro da Palestina, anunciou sua renúncia nesta segunda-feira (26), após ocupar o cargo desde 2019. Membro da Autoridade Nacional Palestina (ANP), uma entidade formada há três décadas que administra partes da Cisjordânia, Shtayyeh submeteu sua renúncia ao líder da ANP, Mahmoud Abbas, citando a necessidade de uma nova fase de governança em resposta aos recentes acontecimentos em Gaza, a escalada de violência na Cisjordânia e em Jerusalém.
A decisão de Shtayyeh vem em um momento crítico, dada a agressão contra a Faixa de Gaza e o aumento da tensão na região. Ele destacou a importância de ajustes governamentais e políticos para enfrentar a nova realidade em Gaza e a urgência de alcançar um consenso palestino.
A aceitação da renúncia por Mahmoud Abbas é pendente, e pode haver a possibilidade de Shtayyeh permanecer no cargo interinamente até a nomeação de um sucessor.
A ANP, que deveria ser um órgão governamental temporário para todos os territórios palestinos, enfrenta desafios devido à divisão política entre o Fatah, partido de Shtayyeh, e o Hamas. Desde a eleição de 2006, que resultou em vitória do Hamas, tensões e sanções internacionais exacerbaram a rivalidade entre os dois grupos, levando a uma separação de governança entre a Cisjordânia e a Faixa de Gaza.
Atualmente, esforços estão sendo feitos para formar um governo de unidade, com representantes do Fatah e do Hamas planejando se reunir para discutir o futuro político da Palestina. A renúncia de Shtayyeh é vista como um passo potencialmente significativo nesse processo de reconciliação e preparação para os próximos desafios que a região enfrentará.