Primeira mulher a assumir a presidência do México recebe ampla maioria dos votos, segundo projeções oficiais
Claudia Sheinbaum conquistou a presidência do México em uma eleição histórica, realizada neste domingo (2). De acordo com as estimativas preliminares do Instituto Nacional Eleitoral (INE), Sheinbaum obteve entre 58,3% e 60,7% dos votos. Sua principal adversária, Xóchitl Gálvez, reconheceu a derrota após obter entre 26,6% e 28,6% dos votos.
Trajetória
Antes de ingressar na política, Claudia Sheinbaum construiu uma carreira sólida no meio acadêmico. Formada em Física pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), ela possui pós-graduação em Engenharia Ambiental e realizou um pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Sheinbaum também integrou o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2007.
Além de suas credenciais acadêmicas, Sheinbaum é conhecida por seu ativismo político desde os tempos de estudante. Em 1987, ela liderou uma greve contra o aumento das mensalidades na UNAM, seguindo os passos de seus pais, que participaram ativamente das manifestações estudantis de 1968 no México.
Como prefeita da Cidade do México, Sheinbaum enfrentou momentos críticos, como a pandemia de Covid-19 e o colapso de uma linha do metrô. Em relação ao acidente no metrô, Sheinbaum negociou com a empresa construtora para indenizar as vítimas, evitando levar o caso à Justiça. A futura presidente enfrentará desafios significativos em um país com alta taxa de pobreza, problemas de segurança e uma relação complexa com os Estados Unidos. Seu plano de governo inclui propostas de reformas no sistema judiciário, que visam eleger diretamente os ministros da Suprema Corte e outros cargos importantes, além de renovações nas áreas de saúde e educação.
Antes de ingressar na política, Claudia Sheinbaum construiu uma carreira sólida no meio acadêmico. Formada em Física pela Universidade Nacional Autônoma do México (UNAM), ela possui pós-graduação em Engenharia Ambiental e realizou um pós-doutorado na Universidade da Califórnia, em Berkeley. Sheinbaum também integrou o Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática da ONU, que recebeu o Prêmio Nobel da Paz em 2007.
Além de suas credenciais acadêmicas, Sheinbaum é conhecida por seu ativismo político desde os tempos de estudante. Em 1987, ela liderou uma greve contra o aumento das mensalidades na UNAM, seguindo os passos de seus pais, que participaram ativamente das manifestações estudantis de 1968 no México.
Ascensão política
Sheinbaum iniciou sua carreira política como secretária de Meio Ambiente da Cidade do México, durante o mandato de Andrés Manuel López Obrador, que posteriormente se tornou presidente e fundador do partido Morena. A candidata sempre foi vista como uma figura próxima a López Obrador, o que foi crucial para sua vitória. Segundo Jimena Ortiz, da consultoria Inteligencia Más, o apoio de López Obrador foi decisivo para a ampla margem de votos recebida por Sheinbaum. Como prefeita da Cidade do México, Sheinbaum enfrentou momentos críticos, como a pandemia de Covid-19 e o colapso de uma linha do metrô. Em relação ao acidente no metrô, Sheinbaum negociou com a empresa construtora para indenizar as vítimas, evitando levar o caso à Justiça.
Plano de governo
A futura presidente enfrentará desafios significativos em um país com alta taxa de pobreza, problemas de segurança e uma relação complexa com os Estados Unidos. Seu plano de governo inclui propostas de reformas no sistema judiciário, que visam eleger diretamente os ministros da Suprema Corte e outros cargos importantes, além de renovações nas áreas de saúde e educação.
A eleição de Sheinbaum atraiu atenção internacional, tanto pela quebra de um tabu histórico quanto pelo impacto que sua presidência poderá ter nas políticas internas e nas relações diplomáticas do México. Nacionalmente, a expectativa é que Sheinbaum siga as diretrizes de López Obrador, mas com seu próprio estilo de governança.
Desafios
Sheinbaum assumirá a presidência em um cenário desafiador. O México enfrenta uma série de problemas crônicos, incluindo a violência ligada ao narcotráfico, a corrupção endêmica e as desigualdades sociais. A nova presidente terá que encontrar formas eficazes de lidar com esses problemas, ao mesmo tempo em que implementa suas políticas de sustentabilidade e justiça social.
A relação com os Estados Unidos, um parceiro comercial crucial, será um ponto delicado. Sheinbaum precisará equilibrar a cooperação com a defesa dos interesses mexicanos, especialmente em questões de imigração e comércio.
A expectativa entre os eleitores de Sheinbaum é alta. Seus apoiadores esperam que ela consiga levar adiante as reformas prometidas por López Obrador, enquanto imprime sua marca pessoal na presidência. Há também uma expectativa significativa de que Sheinbaum promova políticas ambientais mais robustas, aproveitando sua experiência acadêmica e profissional na área.
Apesar do apoio massivo, Sheinbaum enfrenta críticas consideráveis. Seus opositores a acusam de ser excessivamente ligada a López Obrador, o que poderia limitar sua autonomia como presidente. Além disso, episódios controversos durante sua gestão como prefeita da Cidade do México, como o desabamento da linha do metrô, continuam a ser pontos de debate.
O Futuro
A eleição de Sheinbaum marca uma nova era na política mexicana. A primeira mulher a assumir a presidência do país representa uma mudança significativa e simboliza o avanço da igualdade de gênero na política. No entanto, sua administração será avaliada não apenas pelo simbolismo, mas também pela capacidade de enfrentar e resolver os problemas profundos do México.
Em suma, Claudia Sheinbaum assume a presidência com grandes expectativas e desafios à frente. Seu sucesso ou fracasso terá repercussões significativas não apenas para o México, mas também para a América Latina como um todo, dado o papel influente do país na região. Com um forte mandato popular, ela tem a oportunidade de implementar mudanças significativas e deixar um legado duradouro na história mexicana.
