
A prefeitura de Lupércio, cidade situada a 450 quilômetros da capital paulista, encaminhou um pedido ao governo do Estado de São Paulo para uma inspeção técnica em uma grande cratera que preocupa a administração municipal. O documento, que foi acessado pelo Estadão neste domingo, 21, detalha essa solicitação feita à Defesa Civil Estadual e ao Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT).
Conforme o relatório, o IPT programou a vistoria técnica para a próxima quarta-feira, dia 24, embora a erosão esteja localizada em uma propriedade privada, sua expansão ameaça alcançar áreas públicas. A prefeitura tem adotado várias estratégias para conter o avanço desta erosão, como a instalação de tubulações para drenagem das águas pluviais e a colocação de lonas para estabilizar o solo. Adicionalmente, máquinas retroescavadeiras foram utilizadas para escavar e aterrar partes da cratera.
A dimensão da erosão, conhecida tecnicamente como voçoroca, impressiona: estima-se que ela tenha cerca de 300 metros de comprimento, 25 metros de largura e 15 metros de profundidade, de acordo com dados fornecidos pela administração local. A Defesa Civil do Estado, por sua vez, reporta que a extensão total é de 226 metros.
Essa voçoroca, que começou a se formar em 2007 em uma área de cultivo agrícola, expandiu significativamente nos últimos meses, impulsionada pelas chuvas, aproximando-se perigosamente da Avenida Santo Inácio, uma via pública da cidade.
A Defesa Civil relata que a situação da cratera é de constante monitoramento devido ao risco potencial, embora até o momento nenhuma residência tenha sido diretamente afetada ou esteja em iminente perigo. Apesar da vigilância contínua, o município busca apoio financeiro do governo estadual, além de auxílio de parlamentares estaduais e federais, para lidar com os custos das intervenções sem prejudicar outros serviços essenciais como saúde e educação, especialmente dado o pequeno porte do município, que possui aproximadamente 4 mil habitantes segundo o IBGE.
A prefeitura de Lupércio, ao ser procurada para comentar sobre as ações, não retornou até o momento da publicação deste texto. No entanto, em declarações prévias, reiterou que os esforços para conter a erosão são uma prioridade, mas que os recursos são limitados e que o suporte externo é crucial para a resolução da situação.






