
O governo de Israel declarou Lula como "persona non grata"
Os comentários do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em que comparou as operações militares de Israel em Gaza ao Holocausto, provocaram uma série de reações diplomáticas imediatas. O Holocausto foi um período histórico em que mais de 6 milhões de judeus foram exterminados pelos nazistas.
O governo de Israel submeteu o embaixador brasileiro a uma reprimenda e declarou o presidente Lula "persona non grata", indicando que ele não é bem-vindo em Israel. Em contrapartida, o presidente Lula convocou o embaixador brasileiro em Tel Aviv, Frederico Meyer, de volta ao Brasil.
Em análise, Guilherme Casarões, especialista em relações internacionais, expressou ceticismo sobre a possibilidade de Israel romper relações diplomáticas com o Brasil, considerando a situação como uma oportunidade política explorada pelo primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, diante de tensões prévias com o governo brasileiro.
A situação escalou com uma cerimônia no Memorial do Holocausto em Israel, onde o chanceler Israel Katz expressou que Lula não seria bem-vindo até que houvesse uma retratação, marcando um momento de tensão e crítica ao presidente brasileiro.
As declarações de Lula foram vistas como um afastamento do Brasil de seu papel de mediador no conflito do Oriente Médio, além de terem sido criticadas por não contribuir para a solução do conflito, encontrando eco apenas junto ao Hamas, que descreveu os comentários como uma representação precisa das ações israelenses, com apoio dos Estados Unidos.